sexta-feira, 27 de junho de 2008

Macro e Microeconomia

CDE - FAE POS GRADUAÇÃO
Disciplina.: Economia Aplicada à Empresa
Professor.:Eugenio Libreloto Stefanelo
Alunos.:
ALEXANDRE ZARATINI
ARIANE CORDEIRO
GUILHERME AMADONI
MARCO ANTONIO VILLAS BÔAS
MARCIO KOCHHANN
PAULO HENRIQUE CZELUSNIAK
Analise de fatores da Micro e Macroeconomia



MICROECONOMIA E MACROECONOMIA


1 – Visão sobre precificação em estruturas competitivas, pouco ou não competitivas de mercado.

Um dos fatores chave no desempenho da empresa é a Precificação, pois os métodos e as políticas de formação de preço determinam o sucesso ou não do negócio nas fases do seu ciclo de vida. O que torna importante, para isso, o conhecimento da estrutura organizacional e sua adequação à demanda pela cadeia de valor.
Na precificação a análise dos custos determina qual o mínimo a ser cobrado dos clientes. A análise dos preços dos concorrentes e dos produtos substitutos permite à empresa redefinir o preço médio aceito pelo mercado. Com o conhecimento das características de agregação de valor dos seus produtos, obtém o máximo possível a ser cobrado no preço de venda. O processo de precificação determina os métodos e políticas utilizados para obter uma melhor posição competitiva no mercado.
Por mercado, entende-se como uma área geográfica, dentro da qual existe o encontro de vendedores e compradores. Um mercado pode estar em qualquer lugar, não precisa ser necessariamente um lugar físico. Nele estão presentes os fundamentos da oferta e da demanda, que são as forças que movem as economias de mercado e representam os interesses de consumidores e produtores (compradores e vendedores).
Para saber que decisão tomar na formação do preço de venda, antes é necessário prever qual seu real impacto sobre a oferta e demanda. Por isso, ter o conhecimento sobre qual mercado atua é de fundamental importância. Podem ser eles mercado competitivo, pouco ou não competitivo.

Mercado Competitivo
Para ser considerado competitivo, um determinado mercado deve apresentar as seguintes características:
a) Grande número de compradores e vendedores, de tal modo que nenhum deles possa, individualmente, influenciar o preço de um produto ao decidir comprar ou vender.
b) Produto homogêneo, ou seja, o produto de uma empresa pode ser perfeitamente substituído por um produto similar de outra empresa.
c) Ausência de restrições à procura, à oferta e aos preços de qualquer produto que esteja sendo negociado, ou seja, não deve haver intervenção governamental no mercado.
d) Mobilidade das empresas, de tal forma que novas empresas possam entrar no mercado.
Em um mercado competitivo, quem determina o preço de equilíbrio são as condições de oferta e demanda, ou seja, o próprio mercado. Todos os vendedores recebem o mesmo preço de venda do produto – denominado preço de mercado. Os compradores não irão adquirir um produto mais caro, sabendo que poderão adquiri-lo a um preço menor. Por outro lado, os vendedores não venderão mais barato, sabendo que poderão vendê-lo a um preço maior. Dessa forma, uma vez alcançado o preço de equilíbrio, há uma tendência natural de que o preço não se altere, pois não existem motivos para isso. A não ser que ocorram mudanças nas condições de oferta e demanda.
Exemplo:
Suponha que os desejos das empresas em ofertar produtos superem os desejos dos consumidores em adquiri-los. Nesse ponto não há coincidência de desejos, portanto, não pode ser um preço de equilíbrio. Tecnicamente, há um excesso de oferta do produto.
Nesta situação, as forças de mercado agirão para reduzir esse mercado ao ponto de equilíbrio. Os vendedores perceberão que não conseguem vender tudo o que desejam, e caso produzam essa quantidade, seus estoques aumentarão. Assim, como há perfeita informação, os consumidores percebem o excesso da oferta e passam a negociar o preço. Motivo pela qual as empresas oferecem o produto a preço menor.
Esse menor preço resultará em incentivos distintos para consumidores e produtores. Os primeiros desejarão mais produtos e os últimos não serão incentivados a produzir a mesma quantidade de antes. Esse movimento de redução nos preços, na quantidade produzida e de elevação no desejo dos consumidores em adquirir o bem ou serviço acontecerá até que a oferta e demanda se igualem novamente.
Portanto, em mercados competitivos, e preço de um bem sempre cai quando há um excesso de oferta e sempre sobe quando há escassez de oferta.

Mercado Não Competitivo
O Mercado Não Competitivo caracteriza-se pelo fato de que compradores e/ou vendedores têm poder de mercado e reconhecem este poder. Desta forma, não se comportam competitivamente e são fixadores de preço, em outras palavras, possuem poder de mercado.
Poder de mercado é a capacidade de determinar o preço de compra, no caso do comprador (poder de monopsônio) ou capacidade de determinar o preço de venda, no caso do vendedor (poder de monopólio).
O monopólio ocorre no mercado vendedor quando são presentes as seguintes circunstâncias:
a) presença de uma única empresa atuando;
b) inexistência de substitutos próximos para os bens que o monopolista produz;
c) existência de elevadas barreiras à entrada de novas empresas no mercado.
Já o monopsônio ocorre no mercado comprador quando há apenas uma única empresa compradora de um determinado produto e, nesse caso, o preço acaba sendo por ela determinado.
No caso do monopólio, como ela não toma o preço como dado pelo mercado (ele é capaz de influenciá-lo), não existe uma curva de oferta do monopolista. A quantidade produzida dependerá unicamente de sua capacidade de influenciar os preços, que é limitada pela curva de demanda. Nesse sentido, a curva de demanda do monopolista corresponde á curva demanda do mercado.
Se ele fixa um preço, o mercado é quem determinará a quantidade demandada, por outro lado, se ele estipula a quantidade a ser vendida, a resposta virá em termos do preço a que estaria disposto a pagar para absorver a quantidade ofertada.
Portanto, o aumento da produção no monopólio gera dois efeitos sobre a receita do monopolista:
Efeito quantidade: o aumento das vendas aumenta a receita, e
Efeito preço: para vender unidades adicionais, o monopolista deve reduzir o preço de todas as unidades vendidas, o que provoca uma redução na receita comparativamente àquela obtida com as quantidades vendidas anteriormente.
Assim, o resultado final sobre a receita total de um monopolista decorrente de variações nos preços dependerá da magnitude da elasticidade-preço da demanda. Para níveis de produção pequenos, em geral, a demanda é mais elástica. Por outro lado, para níveis de demanda maiores, a elasticidade preço, tende a ser menor, de modo que o efeito preço tende a superar o efeito quantidade.
O poder de mercado de um monopolista (poder de elevar preços, receitas e lucros simultaneamente) está diretamente ligado à elasticidade preço da demanda. Quando menos elástica for a demanda, maior será esse poder.

Mercados Pouco Competitivos
Este mercado representa uma estrutura intermediária entre a concorrência perfeita e o monopólio. É formado por poucos vendedores que competem entre si e que detém algum poder de mercado, ou seja, capacidade de afetar o preço por meio de ações individuais.
É a única estrutura de mercado em que as empresas levam em conta as ações dos concorrentes na tomada de decisões. Isso acontece porque há uma relação de interdependência entre elas: o lucro não depende somente das próprias ações, mas também das ações dos concorrentes.
Uma das soluções muito comum nesse tipo de mercado é o comportamento cooperativo. Firmas oligopolistas sabem que pode influenciar os preços de mercado e, portanto, que um aumento da produção reduz o preço. Desse modo, elas podem formar um acordo cooperativo para fixar os preços, quantidades ou dividir geograficamente o mercado com o objetivo de maximizar os lucros conjuntos da indústria.
O comportamento não cooperativo gera lucros menores se comparados ao comportamento cooperativo. Isso porque, se todas as empresas reagirem individualmente da mesma forma, se aproximarão a uma concorrência perfeita. Cabe ao governo adotar políticas e controles anti-truste, para que o consumidor final não saia prejudicado.
Outra solução é adotar produtos diferenciados, que permite um conjunto fiel de clientes e possibilita a prática do preço superior ao custo marginal.









MACROECONOMIA

2 - Comente a Política Fiscal, a Monetária e de Crédito e também a Cambial e Comercial considerando-se combater a inflação e gerar crescimento econômico.

Política Monetária e de Credito
O objetivo do governo com a Política Monetária é preparar a economia para o crescimento evitando a inflação. Ela é executada pelo BACEN que atua controlando a taxa de juros, a oferta de moeda através da casa da moeda e todo o dinheiro em circulação.
Quando o governo quer favorecer o crescimento da economia o BACEN retira ou resgata os títulos públicos do mercado colocando dinheiro em circulação, que aumenta a base monetária, isso significa mais dinheiro em circulação, diminuindo assim as taxa de juros praticadas no mercado. Quanto menor a taxa de juros maior a demanda por crédito.
Quando o governo observa um aumento da inflação o BACEN emite títulos públicos que retiram um excedente de dinheiro de circulação, diminuindo a base monetária, que por sua vez diminuem o crédito aumentando as taxas de juros.
Os instrumento utilizados pelo BACEN são o depósito compulsório e o OPEN MARKET (a compra e venda de títulos públicos).
A Política de Crédito do Governo é um instrumento da Política Monetária que oferece condições de crédito para estimular setores da economia específicos sem afetar a economia no geral. Isto ocorre através de linhas de financiamentos, porém com períodos mais longos, com taxas de juros mais baixas que as de mercado, garantias de pagamento menos exigentes, ou ainda financiamentos mais elevados.Podemos citar como exemplo empréstimo a agricultores e linhas de crédito que são concedidas através do BNDES, FINAME etc....

Política Cambial e Comercial
É o efeito da Globalização. De forma ampla trata das relações econômicas do Brasil com o Mundo.
O objetivo é contábil, ou seja, de equilibrar e ajustar as relações com o mundo exterior através da Política cambial além de fazer o controle do enorme fluxo financeiro de capitais. Dentro da Política cambial a Política Comercial estuda e regula a adoção de tarifas de importação, quotas, acordo bilaterais, MERCOSUL etc . A contabilização destas transações formam a BALANÇA DE PAGAMENTOS.
Sempre que ocorre entrada de dólares na economia brasileira, seja, através de investimentos estrangeiros diretos, empréstimos ou ainda aplicação de dinheiro especulativo a tendência é de que o real se valorize tornando o cambio mais baixo. Com o cambio mais baixo a tendência é combater a inflação pois, os produtos importados chegam aos brasileiros a um preço mais acessível forçando o produto nacional se manter a um preço estável ou diminuir.
Sempre que ocorre fuga de dinheiro especulativo, remessa de lucros de multinacionais ou pagamento de empréstimos, isto gera saída de dólares da economia brasileira, neste caso o real se desvaloriza tornando o cambio mais alto. Isto gera no mercado interno um favorecimento dos exportadores que preferirão vender sua produção ao exterior, pois, ganhariam mais que vender no mercado interno. Fator que gera aumento dos preços internos até a paridade com o preço externo e possível aumento geral da inflação.
Vale lembrar que a taxa de cambio no Brasil atualmente é flutuante onde o mercado é que determina o valor da taxa.
Assim sempre que há entrada de dólares na economia menor que a saída ocorre a oferta do mesmo que reduz a taxa de cambio, o que caracteriza o SUPERAVIT. O superávit força o BACEN a comprar dólares para evitar que o cambio não cai mais, dólares estes que o BACEN aplica nas reservas externas ou paga contas.
Quando há saída de dólares maior que a entrada ocorre a demanda que aumenta a taxa de cambio e gera o DEFICIT. O déficit força o BACEN a retirar dinheiro das reservas ou tomar dinheiro emprestado para fazer as transações necessárias.

Política Fiscal
A Política Fiscal do Governo é a relação que existe entre o que ele arrecada, como arrecada, de quem arrecada e como que ele gasta , com quem ele gasta e como ele gasta.
A intenção desta política é desenvolver e potencializar o crescimento do PIB, mantendo estabilizado os preços e a inflação e favorecendo a melhor distribuição de renda.
A forma como o Governo usa a Política Fiscal é simples.Sempre que ele quer fomentar o crescimento da economia já estagnada, com baixo crescimento e com estoques altos ele gera déficit em suas contas fazendo investimentos, favorecendo exportações, subsidiando impostos que criam uma demanda agregada, e que geram um aumento da base monetária e da renda das pessoas.
Em momentos de muito aquecimento na demanda que começa a provocar aumento de preços e da inflação devido a capacidade de produção inferior ao consumo o governo pode estimular as importações, cortar gastos públicos ou ainda aumentar a carga tributária através de inúmeros tributos, taxas e contribuições que retiram dinheiro de circulação (diminui a base monetária), que força a diminuição da demanda agregada e gera um desaquecimento da economia, gerando diminuição da renda do consumidor.

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